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HOSPITAIS ESPIRITUAIS APÓS A MORTE O QUE É E COMO FUNCIONA

HOSPITAIS ESPIRITUAIS APÓS A MORTE

O QUE É E COMO FUNCIONA ?

É verdade que existe hospital espiritual após a morte do corpo?
Quem possui um ente querido que foi vítima de uma enfermidade pode ter dúvidas quanto à sua recuperação e adaptação no plano astral após a sua desencarnação.
Ainda que tenha deixado o corpo físico, o espírito pode carregar, no perispírito, as impressões da doença.
Por isso, existem, no mundo espiritual, ambientes especializados no acolhimento e tratamento dos desencarnados.
Neste artigo, você vai ficar por dentro do que são e como funcionam esses locais abençoados onde trabalham verdadeiros mártires da saúde espiritual , chamados de hospitais espirituais.

Hospital do plano espiritual: o que é?

Hospital do plano espiritual é o nome usado para se referir ao ambiente de tratamento de doentes que se localiza na esfera espiritual.
Os hospitais espirituais são uma versão melhorada em relação aos hospitais que encontramos aqui na Terra.
Ou seja, são ambientes voltados aos cuidados e tratamentos de cunho espiritual onde atuam médicos, enfermeiros, e espíritos superiores com recursos e equipes especializadas para o atendimento.
A única diferença, no entanto, é que, devido à localização no plano astral, os hospitais espirituais são destinados aos espíritos desencarnados.

Hospital espiritual após a morte: para que serve?

Para compreender a serventia do hospital espiritual, em primeiro lugar, você deve ter em mente que os espíritos que vivem em regiões mais elevadas, pela sua condição evolutiva, não sentem dor e não ficam doentes.
Por essa razão, não precisam de cuidados médicos como acontece com os espíritos que chegam no além, após viverem suas dores e sofrimentos na Terra.
Também os espíritos que habitam regiões de tormentos no mundo espiritual podem carregar ainda as impressões do corpo físico, assim como os recém-desencarnados precisam de assistência médico-espiritual para atender o seu refazimento perispiritual a fim de desenvolverem-se e prepararem-se para o retorno à Terra através de nova reencarnação.
Dessa forma, os hospitais espirituais servem para tratar esses públicos, ou seja, acolher os que acabaram de chegar da Terra e aqueles que foram resgatados de esferas inferiores.

Como funciona o hospital espiritual?

Agora que você já sabe para que servem os hospitais espirituais, podemos avançar no artigo e detalhar o funcionamento desses ambientes.
Pois bem, os hospitais espirituais são administrados por espíritos mais elevados, que receberam a tarefa de cuidar de espíritos recém-desencarnados e sofredores.
Nesses ambientes, há ainda os trabalhadores capacitados para atuar no restabelecimento dos espíritos.
São os médicos espirituais e enfermeiros, que utilizam os recursos e procedimentos da medicina espiritual para os tratamentos, principalmente a terapia fluídica e acima de tudo o amor fraternal.

Médicos espirituais: o que são?

Como vimos, os médicos espirituais são espíritos peritos, especialmente preparados para o trabalho em hospitais do plano espiritual.
A medicina espiritual é diferente da medicina terrena.
Por isso, não significa que um médico da Terra será médico no mundo astral, embora este possa se capacitar para a atuação.
No plano espiritual, os espíritos continuam estudando e trabalhando em prol do seu progresso.
Aliás, a vida na outra dimensão é muito semelhante à vida que conhecemos aqui.
As colônias espirituais são como cidades, ou seja, possuem casas, prédios, parques, praças, bibliotecas, hospitais, etc.
Além disso, existem diferentes departamentos que se responsabilizam por áreas de atuação.
No livro Nosso Lar, de Chico Xavier, por exemplo, o espírito André Luiz explica que a colônia espiritual Nosso Lar – uma das maiores colônias espirituais existentes – é dividida em setores de trabalho.
Ela possui um formato semelhante a uma estrela de seis pontas que representam os ministérios e, ao centro, fica a Governadoria. Um destes ministérios é encarregado de tratar os espíritos necessitados.

Oração aos médicos espirituais

Além de tratar os desencarnados, os médicos espirituais também podem auxiliar na recuperação dos encarnados.
Para solicitar o auxílio aos trabalhadores espirituais, você pode fazer uma prece.
Uma das mais conhecidas é a oração ao Dr. Bezerra de Menezes:
“Nós Te rogamos, Pai de infinita Bondade e Justiça, o auxílio de Jesus, através de Bezerra de Menezes e suas legiões de companheiros.
Que eles nos assistam, Senhor, consolando os aflitos, curando aqueles que se tornem merecedores, confortando aqueles que tiverem suas provas e expiações a passar, esclarecendo aos que desejarem conhecer e assistindo a todos quantos apelam ao Teu infinito Amor.
Jesus, estende Tuas mãos dadivosas em socorro daqueles que Te reconhecem o Despenseiro Fiel e Prudente; faze-o, através de Tuas legiões consoladoras, de Teus Bons Espíritos, a fim de que a Fé se eleve, a Esperança aumente, a Bondade se expanda e o Amor triunfe sobre todas as coisas.
Bezerra de Menezes, Apóstolo do Bem e da Paz, amigo dos humildes e dos enfermos, movimenta as tuas falanges amigas em benefício daqueles que sofrem, sejam males físicos ou espirituais.
Bons Espíritos, dignos obreiros do Senhor, derramai as curas sobre a humanidade sofredora, a fim de que as criaturas se tornem amigas da Paz e do Conhecimento, da Harmonia e do Perdão, semeando pelo mundo os Exemplos de Jesus Cristo.”
Que Assim Seja,

E o hospital espírita para encarnados, como funciona?

Até aqui, falamos dos hospitais espirituais, isto é, dos hospitais que se localizam no mundo espiritual.
Agora, é hora de tratarmos dos hospitais espíritas que funcionam na Terra.
Os hospitais espíritas são instituições psiquiátricas baseadas nos princípios do Espiritismo.
Dessa forma, além do tratamento convencional, também são destinados recursos e abordagens para a cura espiritual, como passes, preces e reuniões de desobsessão.
Os hospitais espíritas são designados, principalmente, ao atendimento de doentes mentais e usuários de drogas lícitas e ilícitas.
Abaixo, um exemplo de hospital espírita, em Belo Horizonte-MG:
Essas instituições podem ser encontradas em vários locais do país, nos estados de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.
A informação sobre os locais está disponível no site da Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-Brasil).

Passe de cura do corpo e da alma

Como vimos, nos hospitais espíritas e hospitais espirituais há tratamentos e recursos voltados à cura do espírito.
Um deles é o passe.
Essa prática também é bastante comum em centros e reuniões espíritas, sendo realizada por pessoas capacitadas.
No caso, o médium fica de frente para o indivíduo receptor, coloca as mãos sobre ele e faz uma transfusão de energias.
Esse fluído transmitido atua como auxílio na recuperação da saúde física, psíquica e emocional dos receptores.
A cura, por sua vez, se dá pelo reajuste do Espírito e pela sua mudança de comportamento para melhor.

Cirurgia espiritual ou mediunidade de cura

Além do passe espírita, outro tratamento espiritual muito conhecido é a cirurgia.
Trata-se de uma operação realizada no corpo perispiritual do indivíduo doente.
Ela é feita por médiuns que canalizam médicos desencarnados e que possuem a mediunidade de cura.
Nesse tipo de mediunidade, não há o uso de medicações.
A cura é proporcionada apenas pelo toque, olhar ou simples gesto.
Como descreve Allan Kardec em O Livro dos Médiuns, os médiuns curadores são:
“os que têm o poder de curar ou de aliviar o doente, pela só imposição das mãos, ou pela prece”.

Cirurgia espiritual: relatos

Há diversos relatos de cirurgia espiritual e das curas proporcionadas pelo método.
Até mesmo artistas já se submeteram aos procedimentos e compartilharam seus casos, como o ator Reynaldo Gianecchini, que fez uma cirurgia espiritual para tratar de um câncer.
No meio espírita, uma das histórias mais conhecidas é a do médium Divaldo Franco com o Espírito Scheilla, conhecido como A Enfermeira do Alto.
Divaldo conta que foi acometido por uma inflamação da garganta e, na ocasião, a Irmã Scheilla apareceu, realizou uma cirurgia espiritual e o curou.
Junto dele estava Chico Xavier.
Esse fato é narrado pelo próprio Divaldo em um vídeo ilustrado.
Assista:

Conclusão

Neste artigo, abordamos os hospitais espirituais no mundo astral.
Eles existem para tratar os recém-desencarnados e os espíritos que foram resgatados das zonas umbralinas.
Os hospitais espirituais são muito semelhantes aos hospitais da Terra. A diferença é que se utilizam da medicina espiritual.
Contudo, como é por aqui, os hospitais possuem equipes especializadas para o atendimento, além de recursos para os tratamentos.
Nós, encarnados, também podemos contar com o auxílio dos médicos espirituais e outros benfeitores.
Além dos médiuns de cura, que se conectam com o plano superior para ajudar os seres terrenos, o pedido de ajuda também pode ser feito por meio da prece.

HOSPITAIS ESPIRITUAIS



Os chamados de Hospitais Espirituais, são hospitais existentes no plano espiritual, e são espécies de instituições espirituais organizadas nos mesmos moldes dos hospitais terrenos, com equipes médicas de atendimento, utilizando recursos semelhantes, porem bem mais evoluídos que os recursos médicos terrenos.


TRATAMENTO DE RECÉM DESENCARNADOS



Os HOSPITAIS ESPIRITUAIS.

São destinados a acolher os recém desencarnados chegados do plano físico e que ainda estão em fase de adaptação, estando envoltos nas impressões dolorosas das enfermidades que os vitimaram. Também atende espíritos sofredores trazidos das regiões de tormentos e dores situadas no Plano Espiritual.

Desencarnados



Esses hospitais, são administrados por espíritos benfeitores de elevada envergadura espiritual e contam com a colaboração e préstimos de uma gama de Espíritos capacitados e dedicados ao pleno restabelecimento dos desencarnados que estão em tratamento.

Os recursos utilizados pelos médicos e enfermeiros espirituais vão desde o passe até o uso de procedimentos técnicos adequados à realidade extrafísica, ainda desconhecidos da medicina convencional.


TRATAMENTO DE ENCARNADOS



A MEDICINA ESPIRITUAL também está a serviço dos enfermos e pessoas em geral que padecem de algum tipo de sofrimento ou doenças, tanto física, emocional quanto espiritual.



Enfermos



Utilizam recursos médicos característicos da dimensão espiritual, sempre orientando para que os pacientes continuem realizando o tratamento conciliando com a medicina do mundo terreno.

Os hospitais espirituais vem atuando a muito tempo de forma gratuita, e em respeito e harmonia com à legislação médica vigente relativa à prática da Medicina e, acima de tudo, em conformidade com os recursos socorristas indicados pelo Espiritismo.



A EQUIPE TÉCNICA dos Hospitais Espirituais

reúne espíritos de médicos, e profissionais das mais diversas áreas da medicina, além de voluntários espíritas (tarefeiros) capacitados para o serviço de assistência espiritual (médiuns, passistas, atendentes fraternos, etc.). Todo o corpo técnico e diretivo desses hospitais trabalha no regime de voluntariado, sem remuneração financeira, uma vez que essas instituições são de natureza filantrópica, destinadas a pacientes socialmente carentes ou não.



OBJETIVOS ALÉM DA CURA



Além de contribuir com a saúde integral do paciente, terapia do corpo e da alma, busca-se fortificar as defesas vibratórias e harmonizar as energias da aura, requisitos essenciais à assimilação dos recursos terapêuticos espirituais.

Também a pregação dos princípios do Evangelho de Jesus, que é fonte inspiradora para a mudança de pensamento e comportamento da Criatura Humana, em direção ao Bem.

No entanto o atendimento é Ecumênico, possibilitando o atendimento de pessoas das mais diversas crenças, religiões, raças e classes sociais.


A MEDICAÇÃO



A Fluidoterapia, que é a utilização da água fluidificada através das orações durante o CULTO CRISTÃO NO LAR, e a MINISTRAÇÃO de PASSES, aplicados por médiuns passistas, devidamente conscientes da sua responsabilidade como intermediários das energias doadas pelos benfeitores espirituais, e que através deles, ou com sua contribuição penetrarão no organismo perispiritual do paciente, concorrendo assim para o restabelecimento do seu equilíbrio energético e consequentemente da sua saúde física e espiritual.


Enfermos e a Água Fluidificada



A Água Fluidificada, constituída de energia espiritual favorável à saúde dos corpos perispiritual e físico. Sua contribuição ao restabelecimento da saúde do paciente guarda estreita relação com o passe, só que no passe o fluxo magnético saudável é transmitido do perispírito para o organismo físico, enquanto a água fluidificada age, primeiramente, na energética própria do corpo físico, complementando àquela transmitida pela aplicação do passe.

Equipe Adolfo Bezerra de Menezes e tratamento espiritual 

HOSPITAIS ESPIRITUAIS E A VIDA APÓS A MORTE

Existem hospitais espiritual em locais estratégicos, onde existem espíritos necessitado que podem precisar de ajuda, como em cima de cemitérios, hospitais físicos, locais religiosos, locais onde costumam desencarnar pessoas ou receber ajuda espiritual.
Os hospitais espirituais servem para acolher e restaurar os espíritos em sofrimento, com danos nos seus corpos espirituais ou no seu psicológico, para tratar e sumir com esses problemas, pois muitos espíritos ficam machucados por causa do seu desencarne, pois o corpo astral é uma cópia do físico, e muitas vezes o veículo material de nossa alma apresenta problemas do desencarne. Assim muitos espíritos sentem dor e precisam ser sarados.
Lá os espíritos também tomam conhecimento da vida que vão levar, pois não são mais encarnados, e a nova vida apresenta novas formas de perceber e atuar no mundo.
O desencanado inicialmente é como um bebe que está nascendo em um novo mundo, então tem que aprender sobre esse novo mundo e saber viver nele.
Muitos espíritos não vão diretamente para os hospitais espirituais, mas sim vão para locais ruins das trevas, mas sempre tem seres olhando por essas almas, que quando puderem de acordo com o seu merecimento, e estiverem mais aptos a mudarem sua realidade interna, para se transformar em um ser melhor, ou começar uma evolução espiritual, se abrir para uma espiritualidade maior, abrir mão de seu ego, então nessas condições o ser está capacitado a ser tratado espiritualmente e viver uma nova vida melhor.
Para pessoas boas e com bons karmas, os hospitais espirituais são o primeiro contato delas com a dimensão espiritual.

Hospitais Espirituais em Regiões Negativas Espirituais

Existem para outras situações hospitais espirituais que ficam nas regiões negativas, para socorrer e ajudar os espíritos trevosos que vivem nesses locais.
Nas regiões negativas esses hospitais mudam de regiões, e isso vai acontecendo para fugirem de catástrofes que ocorrem por ali, assim como recebem ataques de entidades trevosas que perdem seus escravos, que são recolhidos para dentro dos hospitais.
Esses hospitais também são atacados por desafetos de entidades trevosas que são recolhidas.
Nesses hospitais precisam de armas e espíritos de guardiões, que são protetores, e que muitas vezes é preciso usar de técnicas que machucam os seres trevosos para manter o trabalho no bem e a segurança de todos.
Os espíritos benevolentes que trabalham nesses locais fazem uma grande doação de amor, por ficarem em um local ruim para ajudar os que necessitam, assim é com médicos, enfermeiros e exus.
Exus é sinônimo de guardiões, que são os policiais do plano espiritual.

Espíritos que vão Direto para os Hospitais Espirituais quando Desencarnam

É a minoria dos espíritos que vivem em nosso planeta, infelizmente, pois são bons e fizeram o bem.
Esses espíritos além de fazerem o bem, muitos deles, cumpriram suas missões na terra.
Por isso é importante seguir um caminho de autoconhecimento e bondade na vida. Isso vaia ajudar demais a enfrentarmos, mudarmos e realizarmos o que tínhamos para fazer em nossas vidas.
Um grande inimigo das pessoas, normalmente é a preguiça, ela as impede de dedicarem um tempo a ajudar os outros.
As pessoas ficam em casa assistindo tv, mexendo no celular ou computador, ao invés de fazerem algum trabalho em prol dos outros, como ir em um centro de Umbanda (que é uma religião que faz caridade, atendendo as pessoas), espirita, ajudar em uma entidade carente e etc.
É importante fazer o bem pelo coração, não por obrigação, por isso tem que ser algo especial e gostoso, e é importante nos desenvolvermos para isso.
Praticar o autoconhecimento nos coloca para enfrentarmos o que temos que enfrentar em uma vida, e aumenta nosso amor, nossa disposição em ajudar, a utilizar nosso coração.
Claro que o bem não é somente feito em locais externos, com pessoas desconhecidas, mas ajudando também amigos e familiares, se doar e ajudar e para qualquer que seja a situação, onde isso frutificar em coisas boas, e ai é importante não sermos abusados por pessoas exploradoras. 

Pessoas exploradoras e sangue sugas existem aos montes.

Muitas dessas pessoas que vão direto para os hospitais espirituais quando morrem, muitas vezes não tem nem sofrimentos decorrentes de seu desencarne.
Porém cada caso é um caso.

Pessoas que Tiveram Vícios Ruins na Vida Após a Morte

Quem é alcoólatra, fumante, usuário de drogas, tem desequilíbrio sexual e etc. são pessoas que correm o risco, mesmo indo para um bom local, de sair de lá para vampirizar a energia de pessoas que tem o mesmo vicio, não vivendo de acordo com uma vida espiritual equilibrada.
Existem espíritos que não se contém e vão atrás de seus vícios, abandonando o bom local astral onde estão.
É importante que se diga que são só vícios ruins que isso acontece, mas com bons vícios não, como o vício de ler sobre o espiritual, coisa que você está fazendo agora.
Um trabalho de autoconhecimento pode nos libertar dos vícios, isso é muito importante.
Os espíritos viciados negativamente, sentem falta do que os viciava, e nessa nova vida não podem mais tê-lo, apenas se roubaram a energia do ectoplasma de um encarnado que tem o mesmo vicio.
Essas entidades para roubar a energia do encarnado, muitas vezes estimulam seu vício, e assim geram karmas. 
Da mesma maneira que um drogado perde a casa por causa de seu vício, o mesmo pode ocorrer fora da matéria.
Trabalhar o autoconhecimento ajuda a reconhecermos e enfrentarmos nossos vícios, e assim nos libertarmos dele.
Por: Ryath (pesquisado e inspirado pelos Mentores Espirituais)

Colônias espirituais: a vida após a morte e a certeza do acolhimento

A codificação espírita ensina um código de conduta que são as verdadeiras leis da natureza, às quais todos estão submetidos: as leis morais. Assim, no processo evolutivo, o ser humano se vê condicionado à lei de causa e efeito e à lei do progresso, que, por vezes, trazem aprendizados e provas dolorosas. Todavia, impera igualmente a lei do amor, de modo que a misericórdia divina está em todos os lugares, inclusive no mundo espiritual, onde existem verdadeiras organizações em que a caminhada evolutiva do ser tem continuidade: as colônias espirituais.
Deus, sendo justo, dá a todos os desafios e trabalhos necessários para que, através do esforço, tenham o mérito pelas suas conquistas. Todos os Espíritos foram criados simples e ignorantes¹ para que pudessem se esclarecer gradativamente. Na origem, seriam como as crianças inexperientes, só adquirindo pouco a pouco os conhecimentos necessários através das dificuldades vivenciadas na existência corporal¹. Ao concluir uma prova, o Espírito permanece na sua memória com o aprendizado que ela lhe trouxe. No final, quando percorrerem as diferentes fases da jornada, todos os Espíritos se tornarão perfeitos¹.
Essa perfeição deve ser entendida de forma relativa, considerando-se o que se pode conquistar no plano evolutivo da Terra¹ e nos mundos muito mais perfeitos. Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas e é perfeito de forma absoluta. Nós temos as possibilidades e devemos realizar todo esforço em alcançar a perfeição relativa, a de que a Humanidade é suscetível. Isso nos vai aproximando mais da Divindade.
Quando do retorno à esfera de carne, o Espírito pode melhorar seus valores através do esforço próprio ou enterrar-se ainda mais nos débitos para com o próximo por menosprezar as oportunidades que lhe foram conferidas², mas, independentemente das escolhas feitas e atitudes tomadas, Deus olha de igual maneira para os que se transviaram e para os outros e a todos ama com o mesmo coração, assistindo-os em todos os momentos¹ através dos emissários que trabalham na seara do Bem.

Retorno para o mundo Espiritual

Na esfera espiritual, o Espírito continua sua jornada e encontra os recursos necessários para seu auxílio e progresso. Com efeito, Jesus exorta para que “Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai“³. Essa revelação, além de explicitar a pluralidade dos mundos habitados, destinados à experiência encarnatória, também indica a existência de uma multiplicidade de “moradas” no mundo espiritual.
A passagem reforça, ainda, ser insustentável a noção dicotômica e tradicional de céu e inferno, que é completamente incompatível com a ideia da soberana justiça e bondade de Deus ¹.
Na verdade, o mundo espiritual não é formado por meios estanques e bem delineados geograficamente, podendo variar ao infinito conforme a evolução do Espírito, ou seja, de acordo com a elevação de seus pensamentos e sentimentos e da sua maior ou menor ligação com o mundo material. Portanto, o destino do Espírito desencarnado não consiste propriamente em prêmio ou punição determinada casuisticamente por Deus, mas é verdadeiro reflexo da vibração do Espírito.
O pensamento humano possui força criadora, sobretudo no mundo espiritual, em que a matéria é mais sutil, de modo que tudo quanto se pensa, de acordo com a intensidade da ideia, adquire forma e vida. E assim, cada alma entra em ressonância com as correntes mentais em que respiram aquelas que se lhe assemelham.
A literatura espírita traz relatos de diversos cenários no além-túmulo: inúmeras e variadas colônias, que agregam Espíritos durante o período em que permanecem na erraticidade, bem como zonas ainda marcadas por dores e sofrimentos, como o Umbral e as Trevas.
O Umbral, “é a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos”.
Trata-se de região que começa na própria crosta e concentra Espíritos ainda revestidos de pesados fluidos, devido ao apego ao mundo material ou a sentimentos de egoísmo, orgulho, culpa ou remorso. Portanto, o Umbral é resultado das construções mentais negativas, nele permanecendo os Espíritos que as produzem e que com elas se sintonizam.
Vale destacar que o Espírito não estagiará necessariamente nas zonas umbralinas e que, mesmo aqueles que lá se encontram, permanecem apenas um período de tempo, mais ou menos longo, necessário ao esgotamento dos resíduos mentais. O livro Nosso Lar, por exemplo, relata que André Luiz, aferrado ao seu orgulho, demorou-se no Umbral por cerca de oito anos; por outro lado, a personagem Teresa lá esteve por apenas algumas horas, enquanto Laura, sequer precisou enfrentar “indecisões e angústias do Umbral”.
As regiões trevosas, por sua vez, são aquelas mais inferiores de que se tem notícia, onde estagnam espíritos efetivamente recrudescidos no mal. Como consequência das suas emanações mentais, prendem-se a verdadeiros abismos perturbadores pelo desvio voluntário do dever, insurgindo-se, muitas vezes, contra o próprio Criador.
Apesar da angústia que a notícia das zonas inferiores possa acarretar, é necessário ter em mente dois fatores, que reforçam a noção da infinita bondade divina.
O primeiro deles é que todo mal é transitório. Em decorrência da sabedoria de Deus, o próprio mal é utilizado como ferramenta para o progresso: ainda que os cenários tenebrosos das zonas de sofrimento não possuam distrações ou elementos que instiguem a fuga mental, eles compelem as criaturas a se voltarem para dentro de si mesmas, no reconhecimento dos próprios erros.
O segundo é que o amor de Deus está sempre presente, de modo que mesmo nos locais mais tenebrosos do mundo espiritual, há socorro disponível. Como diz o Salmo 139, Deus sonda e conhece a todos, e pode ser encontrado em qualquer lugar, mesmo nas regiões sombrias e abismais.
A lei de causa e efeito é inafastável, mas não inflexível, contando com dois fatores importantíssimos: o tempo e a reencarnação. Assim, ainda que a colheita seja vinculada à semeadura, a boa vontade permite que o enfrentamento dos efeitos ocorra da forma mais leve e proveitosa possível.
Há que se pontuar, todavia, que o livre arbítrio permanece, mesmo no mundo espiritual. Assim, o amparo depende do sincero desejo de ser socorrido, possibilitando, inclusive, a sintonia vibratória necessária para a cooperação dos Espíritos missionários.
As obras espíritas nos oferecem a certeza do auxílio. Muitas vezes os Espíritos familiares e amigos da pessoa, já desencarnados, vêm recebê-la à entrada do mundo dos Espíritos e a ajudam a desligar-se das faixas da matéria¹. Em Nosso Lar, a avó da personagem Hilda vai buscá-la no Umbral, exortando-a a vivenciar os ensinamentos religiosos aprendidos; em Obreiros da Vida Eterna, Zenóbia e Ernestina recorrem a amigos para ir ao encontro de Domênico, preso em zona de sofrimento por se manter em temível aridez do coração; o próprio André Luiz, por sua vez, tem a oportunidade de auxiliar seu avô, há muito tempo absorvido pela ganância, como se vê na obra No Mundo Maior.
Existem também verdadeiras equipes, organizadas em diversas colônias, que se ocupam ao penoso trabalho de amparo aos desventurados que ainda se mantêm nas regiões inferiores. O mundo espiritual conta, ainda, com instituições situadas nas próprias zonas umbralinas, voltadas ao acolhimento e tratamento de Espíritos, para seu posterior encaminhamento a colônias espirituais ou mesmo seu retorno ao mundo material, em reencarnações retificadoras.
Como exemplo, os livros “Missionários da Luz”² e “Nos Domínios da Mediunidade” mencionam hospitais espirituais, criados como refúgio para desesperados, conduzidos para início dos seus processos de recuperação positiva.
Por sua vez, a obra “Os Mensageiros”14 relata a vista de André Luiz a um Posto de Socorro. A organização é vinculada à colônia Campos da Paz, a qual foi organizada em região inferior como “instituto de socorro imediato aos que são surpreendidos na Crosta com a morte física, em estado de ignorância ou de culpas dolorosas”.
Por fim, tem-se o relato, em “Obreiros da Vida Eterna”, da existência da Casa Transitória de Fabiano. A instituição, que se transfere de tempos em tempos de uma região para outra, atendendo às circunstâncias, foi fundada para acolher Espíritos que vivem em região abismal e prepará-los para a reencarnação.
A dedicação e organização dos Espíritos amigos é tão admirável que há uma cuidadosa preparação para o acolhimento de Espíritos em caso de catástrofes, inclusive com a criação de instituições temporárias e agrupamento de equipes excepcionais.
No tsunami que ocorreu no oceano Índico, em 2004, foram adotadas providências para o auxílio possível, com a convocação de Espíritos de todo o mundo para atuar em grupos de resgate espiritual, além da construção de um posto de socorro sobre a região que sofreu mais danos decorrentes do epicentro da catástrofe.
Na recente obra “No Rumo do Mundo de Regeneração”, psicografada por Divaldo Franco, o Espírito Manoel Philomeno de Miranda relata sua participação em atividades de socorro durante a atual pandemia de covid-19. Informa a organização de grupos com finalidades diversas, a inspiração aos pesquisadores e profissionais da área de saúde, o auxílio aos doentes, além da adoção de todas as “providências para receber os irmãos que desencarnarem sob a trágica tempestade viral”.

Colônias Espirituais

Os espíritos que não estagiam nas zonas de sofrimento, ou aqueles que dela são resgatados, passam a viver nas Colônias Espirituais, também chamadas de Comunidades Espirituais, Cidades Espirituais ou Mundos Transitórios. Nesses locais, grupos de Espíritos errantes (ou desencarnados) se estabelecem, transitoriamente, enquanto aguardam novas encarnações.
São cidades estruturadas em edifícios de natureza sólida, sobre terreno fértil e vegetação com estreita semelhança ao que se conhece na Crosta e podem ser de tipos diversos, tais como socorristas, correcionais, de estudo, de desenvolvimento das artes, de pesquisas no conhecimento científico e muitas outras. Há colônias especializadas no atendimento às crianças, um misto de escola de mães e domicílio dos pequeninos que regressam da esfera carnal.
As colônias apresentam prédios, pátios, jardins, casas, parques, árvores, hospitais, lazer, bibliotecas, onde os Espíritos trabalham, estudam, reúnem-se às suas famílias desencarnadas, quando possível, e descansam. Tal conceito foi amplamente abordado na série denominada A Vida no Mundo Espiritual, psicografada pelo espírito André Luiz, através do médium Chico Xavier, iniciada pelo livro Nosso Lar.
Allan Kardec, nas obras básicas da Doutrina Espírita, não se refere explicitamente às colônias, mas nela se encontram algumas referências a isso. Os Espíritos informam que no mundo invisível há elementos materiais disseminados por todos os pontos do espaço na atmosfera e que eles têm um poder sobre esses elementos que se está longe de suspeitar. Eles podem concentrar a sua vontade nesses elementos e fazem a matéria etérea passar pelas transformações que queiram.
Em uma comunicação, o Espírito de uma condessa chamada Paula faz uma comparação da Terra com o mundo espiritual: “Os vossos palácios de dourados salões, que são eles comparados a estas moradas aéreas, vastas regiões do espaço matizadas de cores que obumbrariam o arco-íris?”.
Os Espíritos informam, ainda, que na erraticidade se aplicam a pesquisar, estudar, observar.¹ Onde poderiam executar essas atividades, se não em locais que ofereçam uma estrutura adequada para isso?
Nas colônias, é natural que a luta do bem para extinguir o mal ou o desequilíbrio da mente continue com as características conhecidas na Crosta da Terra. O interesse pela ascensão do Espírito aos planos superiores é a marca de todos aqueles que já despertaram para o respeito a Deus e para o amor ao próximo. O trabalho do bem é incessante, a religião não tem dogmatismo, a filosofia acata os melhores pensamentos onde eles se manifestem, a ciência é humanitária e o esforço pelo próprio aperfeiçoamento íntimo é impulso infatigável em todas as criaturas de boa vontade.
Existem centenas de colônias em torno da Terra, obedecendo às leis que regem os seus movimentos de rotação e translação. Algumas dessas colônias são descritas no livro Moradas Espirituais, mas há referências em muitos outros livros. Cada uma delas apresenta particularidades essenciais quanto à estrutura, de acordo com a sua finalidade e permanece em degraus diferentes na grande ascensão. As colônias em formação buscam inspiração nos trabalhos de abnegados trabalhadores de outras esferas.
Existem colônias localizadas nas zonas umbralinas, como anteriormente citado, mas também outras situadas em zonas espirituais mais elevadas. Em diversos livros, há a descrição do momento de uma prece, quando emissários dos planos superiores irradiam energias sutis que são captadas por aquele que ora e daí então são transmitidas aos presentes. Nesses planos superiores, onde habitam esses emissários divinos?
No livro Memórias de um Suicida, o autor espiritual foi recolhido da zona de sofrimento e conduzido para a colônia correcional Maria de Nazaré. Essa mesma obra fala de Caravanas fraternas, de Espíritos em estudo e aprendizados beneficentes, assistidas por Mentores eméritos, que penetravam aquela tristonha região, provindas de zonas espirituais mais favorecidas.
No livro Transição Planetária, é descrita a colônia Redenção em operosas atividades de resgate e uma outra sobre Minas Gerais, ambas situadas em zonas superiores. O intercâmbio entre as colônias espirituais é constante e natural, tal qual acontece na Terra entre as diferentes comunidades que se sustentam e confraternizam. Embora cada qual possua as suas próprias e específicas características, todas operam em favor do desenvolvimento moral dos seus habitantes desencarnados, preparando-os para os cometimentos futuros nas reencarnações abençoadas.
André Luiz, no livro Sexo e Destino,23 fala do instituto Almas Irmãs, um hospital-escola destinado ao acolhimento daqueles necessitados de reeducação sexual. Após o resgate das regiões trevosas, são admitidos e recebem tratamento, planejamento e amparo na reencarnação. Aqueles que aproveitam os recursos e vencem as provas, recebem oportunidades de trabalho, em estâncias superiores. Em Nosso Lar, descreve moradias mais elevadas, em que mora a Ministra Veneranda e tem a oportunidade de visitar a genitora na sua elevada colônia em um sonho, por desdobramento. No livro Os Mensageiros, fala de Ismália, que tem residência num plano superior ao do esposo, Alfredo, mas vem visitá-lo mensalmente para infundir-lhe ânimo.
Emmanuel nos relata uma formosa cidade espiritual, nas adjacências da Crosta Planetária onde iluminado orientador preparava falanges enormes de Espíritos convertidos ao Bem para a batalha de suor e sangue o retorno à carne na época em que os cristãos desapareciam nas fogueiras e nas cruzes, nos suplícios intermináveis ou nas mandíbulas das feras.
No livro Renúncia, descreve um templo de trabalho e oração ligado às esferas de Sírius, onde Alcione roga o seu retorno à encarnação na Terra. Tem majestosas proporções e é dominado por pensamentos intraduzíveis. Nesse templo, os trabalhadores prestavam auxílio ao planeta Terra. Alcione trabalhava auxiliando os benfeitores da Arte terreal relativamente ao ritmo e harmonia musicais. Ela foi desligada das suas obrigações a fim de que se adaptasse às situações adversas das regiões inferiores pois para isso deveria gastar quase dez anos terrestres.
A cidade espiritual mais conhecida dos leitores espíritas é Nosso Lar, apresentada nos livros do Espírito André Luiz. Abaixo, relatam-se as descrições, apresentadas no próprio livro.
Colônia consagrada ao trabalho e ao socorro espiritual, nela habitam homens e mulheres, jovens e adultos, que já se desvencilharam do corpo físico e que, após o decurso de estágio de serviço e aprendizado, voltam a reencarnar, para atividades de aperfeiçoamento. “Nosso Lar” foi fundada por portugueses desencarnados no Brasil, no século XVI, por meio de enorme trabalho, considerando estar em região próxima ao Umbral, na qual havia “substâncias ásperas nas zonas invisíveis à Terra, tal como nas regiões que se caracterizam pela matéria grosseira“.
A partir da descrição de André Luiz, nota-se que apesar da colônia possuir tecnologias e recursos mais avançados, além da forma e tipo de matéria aprimorada, havia grande semelhança com as estruturas do mundo material, com organização e elementos (praças, casas, edifícios, parques e bosques) similares. Quanto a isso, o personagem Lísias ainda revela que as cidades terrenas, na verdade, são inspiradas nas cidades espirituais, pois toda manifestação de ordem procede do plano superior, de modo que “nenhuma organização útil se materializa na crosta terrena, sem que seus raios iniciais partam de cima“.
A colônia se divide em áreas, sob a responsabilidade de seis Ministérios, quais sejam: o da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação, do Esclarecimento, da Elevação e da União Divina. Cada Ministério está sob a orientação de doze Ministros. Na praça central, há o ponto de convergência, onde fica a Governadoria.
Há rigorosa observância da ordem e da hierarquia, no sentido de que nenhuma condição de destaque é obtida por meio de favor, decorrendo necessariamente do merecimento. Contudo, no planeta, o mérito é aferido pelo resultado, enquanto nas colônias, sem a visão limitada dos Homens, conta-se mais o progresso realizado que a estagnação em uma posição moral e intelectiva, ainda que relativamente superior.
A lei do descanso é respeitada, de modo a não sobrecarregar os servidores, porém a “a lei do trabalho é rigorosamente cumprida”. O Governador, inclusive, é descrito como o trabalhador mais dedicado e que quase nunca repousa.
A obra Nosso Lar fala inclusive da necessidade de nutrição, com relatos de caldos, sucos e frutas, que se assemelham a concentrados fluídicos. Apesar de haver necessidade de alimentação em toda a colônia, há diferenças quanto à feição substancial: enquanto nos Ministérios da Regeneração e do Auxílio, onde permanecem os espíritos em recuperação ou no desempenho de trabalhos mais pesados, há substâncias alimentícias que lembram as do mundo material, existem outros Espíritos que dominam a “ciência da respiração e da absorção de princípios vitais da atmosfera”.
Ademais, existe água na colônia, porém com outra densidade, mais tênue e pura, e que tem como fonte de abastecimento o chamado Rio Azul. O livro destaca que a água é “veículo dos mais poderosos para fluidos de qualquer natureza”, sendo utilizada principalmente como alimento e remédio. Relata que, após a magnetização das águas do rio por trabalhadores do Ministério da União Divina, outros institutos realizam trabalhos especiais, no suprimento de substâncias alimentares e curativas.
Em Nosso Lar há, também, um indicador de remuneração, denominado bônus-hora. Exerce uma função semelhante ao dinheiro, porém não é propriamente moeda, mas ficha de serviço de cada Espírito. Os habitantes possuem acesso a vestuário e alimentação essenciais, cuja produção pertence a todos. Da mesma forma, as construções em geral representam patrimônio comum, sob controle da Governadoria.
Todavia, aqueles que cooperam ativamente, conseguem a aquisição de outras utilidades e benefícios, como fruto do próprio esforço. Por exemplo, é possível que cada família espiritual obtenha um lar, tal como o do enfermeiro Lísias, visitado por André Luiz e descrito como “ambiente simples e acolhedor”, com “móveis quase idênticos aos terrestres; objetos em geral, demonstrando pequeninas variantes”.
Apesar da utilização do bônus-hora como parâmetro, verifica-se que a verdadeira aquisição por meio do trabalho é de cunho espiritual: a experiência, o aprendizado, a extensão de possibilidades.
No que tange à locomoção, o livro Nosso Lar expõe a existência de um veículo suspenso do solo, para transporte de passageiros, com enorme comprimento, ligado a fios invisíveis. Há notícias de que alguns Espíritos da colônia possuem a capacidade de volitar, ou seja, de se deslocar a alguma distância do solo. Contudo, o transporte de espíritos resgatados do Umbral é feito de forma mais rústica, devido à densidade da matéria e também por espírito de compaixão com os que lá permanecem. André Luiz, por exemplo, foi levado por dois trabalhadores, por meio de um lençol usado como maca Posteriormente, já como trabalhador da colônia, relata a chegada de uma caravana de socorro que contava com seis grandes carros puxados por animais.
Essa é uma das razões pela qual as colônias de socorro se localizam nas zonas umbralinas, para que estejam mais próximas dos necessitados, diferentemente daquelas de níveis espirituais mais elevados, em que, apesar da dedicação a outras atividades, que não o acolhimento direto, sempre desempenham muito trabalho na assistência em nome de Jesus.
Considerando a diversidade de cenários possíveis no além-túmulo, mostram-se improdutivos eventuais questionamentos quanto ao destino de outras pessoas no retorno ao mundo espiritual, ou mesmo tentar criar regras comparativas. Cada criatura é um ser único, um verdadeiro universo, de modo que cada desencarnação é singular. Os casos apresentados na literatura espírita têm a finalidade apenas de expor parâmetros e possibilitar esclarecimentos, de modo a incentivar cada pessoa na reflexão em seu próprio progresso moral.
Os encarnados, todavia, possuem um recurso importante, que permite a colaboração para com aqueles que se desligaram do corpo físico, que são as boas vibrações. Todos possuem em si, pelo pensamento e pela vontade, um poder de ação que se estende bem além dos limites de nossa esfera corporal, por meio da oração¹.
Apesar de a prece não resultar na mudança dos desígnios de Deus, a alma para a qual se ora recebe um alívio quando encontra almas caridosas que compartilham das suas dores. O desejo de melhorar, estimulado pela prece, atrai para o Espírito sofredor os Espíritos melhores, que vêm esclarecê-lo, consolá-lo e dar-lhe esperança¹. Importante considerar que, acima de todas as circunstâncias, encontra-se Jesus e a Sua doutrina de amor, que corrige e ampara, sem nunca deixar a sós aqueles que O buscam na sua ânsia de serem felizes.

COLÔNIAS ESPIRITUAIS

Não existem muitas diferenças entre os mundos do além e os lugares que encontramos aqui na Terra. Da mesma forma que aqui na Terra, lá você encontra lugares bonitos e lugares feios, lugares agradáveis povoados por gente boa e lugares desagradáveis povoados pela pior espécie de pessoas.
Lá do outro lado as pessoas se reúnem de acordo com suas afinidades ou vibrações. Pessoas positivas, alegres, de boas vibrações viverão em uma colônia repleta de pessoas semelhantes. Uma pessoa má, negativa e pessimista se sentirá melhor em companhia de pessoas iguais e será levada a viver numa colônia construída e administrada por pessoas semelhantes. Existem casos em que os seus sentidos só funcionam diante de pessoas que vibram igual a você. Um espírito bom e de vibrações elevadas pode ser invisível aos olhos de espíritos de baixa vibração.
E isso faz a diferença entre as diversas colônias e regiões do mundo espiritual. Não é difícil imaginar que deve haver diferenças entre um lugar criado e administrado por pessoas boas e por espírito elevado e um local administrado por pessoas ruins de espírito baixo.
Sobre todas as cidades do planeta Terra existem universos paralelos, regiões espirituais invisíveis para nossos sentidos limitados, indetectáveis a partir dos instrumentos e tecnologias que possuímos hoje. Sobre a cidade onde você mora certamente existem uma ou mais colônias habitadas por pessoas que não se encontram mais nesta dimensão onde vivemos.
As colônias são verdadeiras cidades de grande, médio ou pequeno porte. Não existe nada mágico, não é um mundo de fadas cheio de efeitos especiais. Tudo que temos aqui na Terra temos lá. Afinal de contas as cidades da Terra e as cidades do além foram construídas por nós mesmos. Desta forma são semelhantes. Lá você encontra casas, prédios, escolas, hospitais, praças, jardins, lagoas, rios, animais, fábricas, alimentos, máquinas, veículos para transporte, instituições governamentais, hierarquia. As colônias ocupam um área delimitada cercada por muralhas e sistema de proteção para evitar a invasão de espíritos vindos das regiões sombrias.
Sobre a cidade do Rio de Janeiro encontramos uma colônia chamada Nosso Lar, a primeira descrita por um espírito chamado André Luiz. Na época do livro existiam mais de 1 milhão de almas que lá habitavam. Sobre a cidade de São Paulo encontramos 3 grandes colônias. Existem referências sobre colônias localizadas na região de Brasília e Ribeirão Preto/SP devido à sua beleza.
As colônias espirituais do Brasil foram criadas há pouco tempo, tendo início com a colonização do país. Antes já existiam núcleos menores ocupados por indígenas. Existem colônias no oriente com milhares de anos de existência. As maiores e mais belas se localizam sobre a Índia e o Tibet. As colônias possuem intenso intercâmbio entre si e com os postos de socorro que são locais subordinados a elas e que se encontram em planos espirituais mais baixos (inclusive na Terra) para ajudar e resgatar almas perdidas nas regiões de sombra (Umbral).
Algumas colônias possuem Escolas de Regeneração e grandes Hospitais para onde são levados os espíritos resgatados em regiões do Umbral. Estas pessoas passam por ensinamentos e tratamento para se recuperarem dos problemas morais e sentimentos negativos que ainda as prendem em níveis mais baixos.
Fonte: Vida e Morte
 
“O mundo dos invisíveis é como o vosso; em lugar de ser material e grosseiro, é fluídico, etéreo, da natureza do perispírito, que é o verdadeiro corpo do Espírito, haurido nesses meios moleculares, como o vosso se forma de coisas mais palpáveis, tangíveis, materiais.
O mundo dos Espíritos não é o reflexo do vosso; é o vosso que é uma grosseira e muito imperfeita imagem do reino de além-túmulo.
As relações desses dois mundos existiram sempre. Mas hoje o momento é chegado em que todas essas afinidades vão vos ser reveladas, demonstradas e tornadas palpáveis.
Quando compreenderdes as leis das relações entre os seres fluídicos e aqueles que conheceis, a lei de Deus estará perto de ser posta em execução; porque cada encarnado compreenderá a sua imortalidade, e desse dia se tornará não só um ardente trabalhador da grande causa, mas ainda um digno servidor de suas obras.”
MESMER
(Sociedade de Paris, 14 de outubro de 1864 – Médium: Sr. Delanne)
Revista Espírita – Ano 8 – Maio/1865

Bibliografia:

Kardec, A. O livro dos Espíritos. 1857.
Xavier FC. Missionários da luz (pelo Espírito André Luiz). Brasília: Federação Espírita Brasileira. 1945.
João 14:1-2 – A Bíblia Sagrada.
Kardec, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 1864.
Franco DP. No Rumo do Mundo de Regeneração, (pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda) Salvador: Leal editora. 2020.
Xavier FC. Pensamento e Vida (pelo Espírito Emmanuel). Brasília: Federação Espírita Brasileira. 2000.
Xavier FC. Nosso lar (pelo Espírito André Luiz). Brasília: Federação Espírita Brasileira. 1944.

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